«A primeira vez que aconteceu eu ia na rua e comecei com um aperto no peito… uma coisa horrível, nem sei explicar. Pensei que morria. Fui às urgências, fizeram-me exames, e disseram-me que eu não tinha nada. Nada, quer dizer, nada de físico. Disseram-me que tinha sido um ataque de pânico. Agora, ando sempre com medo que volte a acontecer.»
Um ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas (variam de pessoa para pessoa e são no mínimo cinco para ser considerada uma crise) incluem tremores, calafrios, desrealização ou despersonalização, ondas de calor, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante.
Talvez mais do que qualquer outra emoção, a ansiedade é frequentemente caracterizada por um conjunto de sintomas físicos: o coração a bater com força, os músculos tensos (por vezes com dores e tremuras), falta de fôlego, sudação, etc. Esta componente fisiológica da ansiedade é o que leva frequentemente as pessoas a pensar que o seu problema é orgânico, sendo que muitas vezes os exames médicos que fazem não revelam quaisquer alterações.
A ansiedade é uma resposta biológica normal, concebida pela natureza para ajudar o organismo. Ela é uma resposta ao perigo que prepara o indivíduo para a acção, permitindo que este tenha uma de duas respostas: atacar ou fugir.